terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sigam um dia de tédio - e confissões

Aceitação dos dedos. 

  Hoje acordei tarde. Ai por umas 10:30 da manhã. Não porque realmente estava com sono, mas mais porque a sensação de ficar imaginando coisas enquanto se rola na cama é realmente muito boa. Às vezes realmente queria morar sozinha - como deve ser bom não ter briga de manhã nos seus ouvidos, ou brigar. É meio difícil conviver comigo. Tenho manias irreparáveis - e minha misofonia geralmente acaba irritando muito as pessoas, e principalmente eu mesma. Não suporto que mastiguem do meu lado. Mas, pois bem, voltando as imaginações rolando na cama. Estou meio apaixonada, ou gostando de alguém profundamente - com a qual sonhei. Após uma pequena bagunça - que seria simplesmente pessoal demais para falar por aqui -, nós estamos ignorando um ao outro. E no sonho, eu tentava chamar sua atenção. Acabei acordando antes dele perceber que existo. De manhã eu tenho sérios problemas de neutralidade: nunca sei se está frio ou calor ou se estou bem ou mal. Às vezes tenho que perguntar. Pois bem, estava meio assim. Nem bem nem mal. Neutra.  
 Levantei, finalmente. Vim para o notbook, onde passei boa parte de meu recesso de feriado, completamente carente por pessoas que conversem, que deem atenção. Com uma pequena dor ao reler conversas. Meu dia foi regado a três músicas: Eleanor Rigby - The BeatlesBohemian Rhapsody - Queen e Under Pressure - Queen. E simplesmente muitos blogs. Principalmente o Compra-se um fusca, que eu fiquei a tarde inteira mexendo. Estava tendo uma conversa com uma amiga minha sobre educação, baseado num post que eu vi no Discípulos de Peter Pan, antigo. Sobre como o ensino tradicional é simplesmente ridículo - te ensinam como passar no vestibular, e não realmente a matéria. Sobre como documentários no youtube - ou não, porque amo meu professor de ciências desse ano - às vezes acabam te ensinando mais que os professores, que não querem estar lá, que ensinam de qualquer forma. Tive sérios problemas com matemática esse ano por causa disso. Enfim, é um assunto interessante, mas não vou me aprofundar muito nisso. 
 Pintei minhas unhas - de vermelho, novamente, pela milionésima vez seguida -, como se pode ver na foto ali em cima. Tenho sérios problemas com meus dedos, porque são compridos demais. Lavei a louça. Fui até a mercearia aqui perto, comprar chocolate. Ninguém deu em cima de mim, o que não sei se me agrada ou desagrada. Acho que estou passando por uma crise existencialista. Fico pensando se isso realmente importa - como uma pessoa pode me afetar tanto? Como? Alguém que na verdade provavelmente não se importa. E quem se importa? Estou me achando desinteressante, comum, sem aquele algo a mais que as pessoas geralmente tinham - e agora não mais. Lembrei de um poema do Bukowski agora:

 deveria haver algum lugar para onde ir 
quando você não consegue mais dormir
ou você cansou de ficar bêbado
e a erva não funciona mais,
e não me refiro a passar
para o haxixe ou cocaína
eu me refiro a um lugar para ir além
da morte que está esperando
ou do amor que não funciona 
mais.

deveria haver algum lugar para onde ir
quando você não consegue mais dormir
além de um aparelho de TV ou um filme
ou comprar um jornal
ou ler um romance

é não ter esse lugar para onde ir
que cria as pessoas agora nos hospícios
e os suicídios


E esse poema simplesmente define completamente meus últimos dias; minhas últimas 
semanas, meus últimos meses.

P.S : Eu comecei a escrever para um outro blog, ao qual fui convidada por um amigo. A ideia é meio uma editora online, sem fins comerciais. Comecei uma história que está meio perdida, passando por crises igual a dona, e se chama .DOCX. Vejam aqui.

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