Venha, venha sem calma, sem pressa
Seja meu acalento
Meu crime insensato
Deixa eu te amar a noite inteira
Compro vinho, para nos embebedarmos e se revirarmos
Como um crime perfeito
Que não teve testemunhas, não teve culpa alguma
Tudo o que queríamos
Era estar sós
Além de nós havia uma chama
Chama da paixão, paixão violenta
Quero ser como seu cigarro, que chega lentamente na sua boca e quando vem, faz estrago
Sabemos que nenhuma das duas não presta, mas insistimos nessa peripécia tão voraz
Nossos corpos dançam loucamente
E ficamos surdas ao mundo, como Beethoven ficará em outros tempos
Você é surreal
Seus fios de cabelo ao lado da minha fronha, seu perfume impregnado em meu vestido, seu batom manchando minha boca, que clama por você
Seus delírios que me suspiram
Em vão, você em todo canto
As memórias são fortes
Você está em todo lugar
Se liberte dos males
E seja mal
Comigo
Venha, mas venha com calma, sem pressa
E se me permitir, um apelo:
Seja meu abrigo.
M.M
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