quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Um poema que quero guardar.

Venha, venha sem calma, sem pressa Seja meu acalento Meu crime insensato Deixa eu te amar a noite inteira Compro vinho, para nos embebedarmos e se revirarmos Como um crime perfeito Que não teve testemunhas, não teve culpa alguma Tudo o que queríamos Era estar sós Além de nós havia uma chama Chama da paixão, paixão violenta Quero ser como seu cigarro, que chega lentamente na sua boca e quando vem, faz estrago Sabemos que nenhuma das duas não presta, mas insistimos nessa peripécia tão voraz Nossos corpos dançam loucamente E ficamos surdas ao mundo, como Beethoven ficará em outros tempos Você é surreal Seus fios de cabelo ao lado da minha fronha, seu perfume impregnado em meu vestido, seu batom manchando minha boca, que clama por você Seus delírios que me suspiram Em vão, você em todo canto As memórias são fortes Você está em todo lugar Se liberte dos males E seja mal Comigo Venha, mas venha com calma, sem pressa E se me permitir, um apelo: Seja meu abrigo.
M.M

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