quarta-feira, 3 de junho de 2015

Opinion - Por que a literatura não sabe usar sexo


" Mas como assim! Você tem um jeito de ser tão safada e não gosta de literatura que envolve sexo?!" Não é bem assim. É complicado. O problema é que eu acho que a literatura não sabe usar sexo. Simples assim! Acho que o único autor que li que sabe, é o Ken Follet. Mas o problema é que ele sabe contar uma boa história, mas foge do que para mim é o mais importante num livro: revolucionar. Mostrar uma maneira diferente de ver o mundo, te fazer pensar. Ele conta histórias, é como uma novela da globo. Simplesmente para te dar um pequeno descanso, uma pequena diversão. " Mas então por que ele sabe usar sexo na literatura? " Porque ele não coloca demais, nem de menos. A maioria dos autores acaba se perdendo. Sexo para o livro dele é como qualquer outra ação: uma parte da história. Não para exprimir a excitação do escritor, não para excitar os leitores. Mas sim porque faz parte dos personagens, da recriação da vida. 
 Outra coisa é Cinquenta tons de cinza. " Ai, é tão clichê de revoltada dizer que não gosta de CTZ. Quem disse que eu não gosto? Li os três livros. Adorei. Chegou  no que ele queria. Excitar o leitor. Mas usa de forma errada o sexo na literatura. Não mostra coisa nenhuma. Foge do que, na minha opinião, o livro deveria ser: te mostrar uma forma diferente de ver o mundo. É clichê demais. E fala sério, chega uma hora que você cansa de tanto trepa-trepa e os personagens não. É surreal demais. Na minha opinião, Cinquenta tons de cinza parece ser um livro escrito por finança, por dinheiro. Por diversão. É como Nicholas Sparks. Que todo mundo ama e eu odeio ( ainda prefiro CTZ a Nicholas Sparks), é uma história ao estilo novela da globo. Você lê, se diverte - no meu caso com o Nicholas Sparks, sinto nojo e largo o livro - e cabou. Não serve para nada. O mundo intelectual poderia com certeza viver sem. Esses dias tive uma ideia para uma história, o que eu já falei num post, que praticamente sexo era um personagem. É a história de duas prostituas e atrizes burlescas, são duas mulheres, bi, que são amantes e abraçaram aquela vida de prostituição e ter como profissão o sexo. E elas amam isso. Não se sentem vítimas, elas adoram aquilo, se sentem até mesmo maiores do que as outras pessoas, as quais ela acham simplesmente bizarras. Alias, tem uma frase que escrevi que é uma personagem falando à outra: " - Engraçado, não? Temos a junção do que todo ser humano quer: o intelecto e o físico. E mesmo assim nos sentimos como putas. Putas no sentido horrível que eles dão. Embora não seja assim." Eu iria adorar terminar de escrever essa história, mas eu sei que vou acabar largando e desistindo, como todas as outras. Chega uma hora que eu leio, acho que está ruim, que está chato, que eu não consigo escrever, e " jogo " a história para o lado. 

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