Eu passei, sem brincadeira, 3 horas ontem à noite, assistindo os últimos episódios da primeira temporada de Orange is the new black, e o primeiro da segunda. Vou continuar hoje, aproveitar que a terceira temporada saiu esse mês e eu não vou ter que ficar esperando como todo mundo ficou HAHA.
É, realmente, uma das séries que consegue me fazer chorar de 5 em 5 minutos. O problema todo, que eu fiquei após assistir, é aquela sensação de : " Putz, a vida é uma merda. " Porque essa série é baseada em fatos reais. SIM! Atualmente, feliz ou infelizmente, Larry e Piper estão juntos, na vida real, e a Vause, que se chama Catherine, está com 51 anos. O que quer dizer que, sim, Larry e Piper vão ficar juntos, mas espero, realmente espero, que a direção acabe mudando isso. Porque, é óbvio, que eles mudam algumas coisas, para fazer a série conseguir mais audiência. O QUE DEU MUITO CERTO. Mas por que essa série é tão perfeita? Vamos lá.
Primeiro motivo - LAURA PREPON!
Acho que é a única atriz da série que já era renomada, conhecida, por suas aparições em Once Upon a Time, Dr. House, That '70s Show, Castle, Are You There, Chelsea? E o problema é que suas personagens - ou a solução - são muito diferentes. E é aí que você vê o verdadeiro dom de atuação que essa mulher tem. Ela consegue, ao mesmo tempo, ser brilhante em uma personagem doce e fofinha, e ser brilhante na ácida, na importadora de drogas importante, rica, lésbica e sexy Alex Vause. É simplesmente impressionante!
Segundo motivo - É UM TAPA NA CARA DA SOCIEDADE!
E um bom exemplo disso é Sophia, a transexual. Nós temos a história de todas as persoangens, então, é meio que impossível odiar alguma delas. Principalmente Sophia, que era um homem casado, bombeiro, antigamente e, para se transformar em mulher, já que era o que ele profundamente, queria, acaba mexendo com coisas ilegais, para conseguir o dinheiro das cirurgias. E é, nesse dia a dia de Sophia, que acamos percebendo o sofrimento dessas pessoas, o preconceito e etecetara. Mas não é apenas nisso. É mostrando que nem todos que estão na cadeia são pessoas más, mas sim que simplesmente fizeram algum ato pelo qual são condenadas agora. E sim, tem uma distância gigante entre esses significados. E, principalmente, mudando nossa visão sobre a cadeia. Vemos que, a maioria das pessoas que estão ali, tiveram uma vida de merda, e não tinham para onde correr. Não é culpa delas, mas principalmente da sociedade. E, mesmo que elas tivessem matado meio mundo, algumas delas não mereciam ser tratadas do jeito que estão sendo. São tratadas como se fossem animais, sem nenhum senso de humanidade. E ninguém merece isso, sofrer desse jeito, que, com certeza, não é a maneira certa de erradicar os crimes de uma sociedade. Enfim, não é uma série para todas as pessoas. Precisa de mente aberta, principalmente pelas partes em que aparece relacionamento lésbico, porque, obviamente, é uma prisão apenas de mulheres. E não é só relacionamento lésbico de duas garotinhas fofinhas, sexy's e com corpo perfeito. Mas também de mulheres negras, gordas, com um corpo que não condiz com a visão de beleza que temos. Mostra que, enfim, mulheres em geral, sendo gostosas ou não, tem desejo sexual.
Terceiro motivo - DIÁLOGOS
" Eu sei como é fácil de se convencer de algo que você não é. E você pode fazer isso lá fora. Pode seguir em frente. Basta se manter ocupada pra não ter que encarar quem você é. As outras pessoas não são o pior da cadeia. O pior é descobrir quem você realmente é.
{Essa parte pode conter spoilers para quem ainda não terminou a primeira temporada}
Eu estava assistindo, ontem a parte em que ela vai pra Chicago, para o julgamento do Kubra, que era o chefão de sua ex-namorada traficante sexy. Claro, ela estava na solitária, por ter espancado A Caipira - sinceramente, a única personagem na série que eu realmente cheguei ao ponto de odiar. E, então, ela é pega, presa num ônibus, levada para um avião, passou horas ali, e finalmente chegou na prisão de Chicago, que é bem pior do que a em que ela ficou antes. Aff, tô com preguiça de escrever sobre o que aconteceu, chega, adeus.
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