quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Desabafo (perdi as contas)



   Minha cabeça dói. Estou fraca, naquela coisa que parece que vou desmaiar a qualquer hora. Gosto de pensar que é por causa da pressão baixa. Estou quase caindo porque minha pressão está abaixo de 9\5. Deveria ser um bom motivo. Mas ultimamente não sou só eu que estou caindo. É tudo. Gosto de pensar que vou resolver isso. Tive quantas recaídas desde que comecei a escrever esse blog? Todas foram horríveis. Mas as vezes me parece que foi apenas uma recaída. Que todas elas estão ligadas, penduradas, por pequenos espaços de êxtase, de felicidade vã no meio. Está tudo um caos. Embora também goste de pensar que gosto demais do caos - que é meu único jeito de saber viver -, isso me acaba. Acabei fazendo, desde setembro, coisas que não gostaria de ter feito. Foi um mês corrido, mas ao mesmo tempo vazio. Me apaixonei. Fiz merda. Me magoei. Me desapaixonei. Fiz mais merda.Me apaixonei pela pessoa com quem fiz merda. E agora, nem sei mais o que fazer. Mas, ao mesmo tempo, não fiz nada. Tenho preguiça de sair, de fazer todo aquele protocolo horrível para conseguir sair. Estou com preguiça de viver. Com vontade de recomeçar, mas em outro lugar, onde ninguém conheça quem eu sou o que sou. 
 E minha cabeça dói, novamente. 
 Me disseram que gostam de quem eu sou, e eu estava sendo quem eu sou. Mas aí, eu esqueci quem sou. E passei a agir como outra pessoa.
  E se?
   Os " e se " andam me perturbando demais.
   Ando pensando demais em mudar. Mas acabo sempre fazendo exatamente nada.
   Eu não queria te magoar, meu amor. Eu só não sabia onde tudo isso ia acabar. Onde tudo isso vai acabar. Eu só queria resolver tudo, meu amor. Eu queria, sim. Mas não sei como fazer isso, não sei como resolver nada disso. Não sei onde enfio minha pequena alma torta, ou o que faço com esse mundo de buracos que tenho em minhas mãos. Eu não queria te magoar, meu amor. Desculpe-me se fiz isso. Foi sem querer. 
  E então eu precisava de um lugar para enfiar tudo.
  E os meios nunca são bons.
 Você começa a procurar por qualquer coisa que te preencha.
  Eu sinto tanta saudades de você, meu amor.
 Mas eu nem sei quem você é. Você tem tantas caras. Eu sinto tantas saudades, mas nem sei do que sinto falta. Por que meus pitis com a vida tinha que te afetar? Me desculpa, meu amor. Não queria te magoar.
  Eu só estou com a pressão baixa, só estou com tontura, só estou com vontade de desmaiar, e fugir pra um lugar longe, bem longe. Só estou um caos. Um caco. Um nada. Um tudo. Um amor. Só estou confusa. 
 E tudo isso vai passar, eu te prometo, meu amor. 
  Mas será que a culpa foi toda minha?
  Eu te entreguei flores, meu amor.
  O que me entregou de volta?

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