quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O que é ser você mesmo?

 Desculpa, mas simplesmente não consegui achar uma imagem boa para esse post.

 E foi passando a tarde inteira do dia 10 de novembro fuçando em vários blogs, lendo-os compulsivamente, que eu cheguei a um texto chamado Eu Perdi o Tesão [recomendo que você leia para que possa entender toda essa minha reflexão louquinha que me perturbou muito]. E é meio assim mesmo, parece que todos estão perdendo a personalidade. E se já é difícil ser você mesma no dia a dia, imagina na internet, esse mundo incrivelmente artificial?Esses últimos dias eu comprei um livro chamado A Ilha do Aldous Huxley. E mesmo no prefácio, eu encontrei isso daqui, oh:

" É fato que, no século XX, o poder enormemente ampliado  da mídia 
cultural fez com que as ideias passassem a ter uma influência formadora 
mais direta e decisiva sobre os corações humanos. Símbolos, frases-feitas,
emoções e trejeitos mentais criados pelos intelectuais fincaram raízes tão 
profundas no subconsciente das pessoas, que se tornaram, em muitos
casos, indiscerníveis das reações pessoais autênticas. É olhar e ver: 
muitas personalidades em torno de nós são realmente, literalmente,
traslados de modas intelectuais. Esses tipos só são cômicos e artificiais
quando vistos do exterior, e nossa reação perante eles é ambígua:
não conseguimos compartilhar de seus sentimentos ao ponto de sofrer
por eles, nem desidentificar-nos deles o bastante para torná-los
definitivamente cômicos. Pois todos nós, uns mais, outros menos, 
macaqueamos as modas culturais, e este é um destino inescapável 
do homem moderno: nem possuímos mais aquele fundo comum de 
valores e símbolos que permitia ao camponês da Idade Média ser ele 
mesmo justamente porque era igual a todos, nem nos tornarmos
tão prodigiosamente individualizados que possamos inventar nossa 
própria linguagem. A única autenticidade possível ao homem moderno
é um arranjo mais ou menos pessoal de modelos mais ou menos 
copiados. "

E então, nesse lindo mundo da blogosfera, ou nem mesmo nele, ou principalmente nele mas também no mundo real, eu jogo a pergunta: o que é ser você mesmo? Dizem tanto sobre isso, falam tanto quanto - e se não mais - o " Ame-se! ". Mas o que é ser você mesmo? Será que isso é possível? Nesse mundo atual, onde todos estão meio enfiados meio submersos numa globalização de clichês e modelos culturais e brigas intelectuais, será que dá mesmo pra ser você mesmo? Talvez isso seja algo praticamente impossível de se fazer, de se ser. Vai ver  nos falaram tanto desde o berço o que deveríamos ser, que agora podemos ser isso e apenas isso. E nada mais. Esses dois textos me fizeram pensar bastante sobre isso. 
 Mas enfim, só queria fazer uma pequena reflexão.

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