terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Brilhe, mas também seja sombra


E nessa noite meio perdida, 
pego-me pensando em quê sou
Sou corpo, digo
Sou pele
Poros
Mãos, pernas


Que, na maioria das vezes
Não podem ser vistas
Sou sombras



Às vezes rompidas 
E nesse momento eu brilho 


Por baixo da pele 
Por cima dela
Sou mundo 
Sou mais que o mundo


Sou brilho, 
Mas brilho desfocado
Sou incompreensão 
Que ninguém vê
Realmente


E te encaro no meio 
de minha confusão
de minha profusão


Eu brilho, sim 
Mas no fim minha luz 
se apaga
se apaga
aos poucos 


e viro sombra novamente. 


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