E nessa noite meio perdida,
pego-me pensando em quê sou
Sou corpo, digo
Sou pele
Poros
Mãos, pernas
Que, na maioria das vezes
Não podem ser vistas
Sou sombras
Às vezes rompidas
E nesse momento eu brilho
Por baixo da pele
Por cima dela
Sou mundo
Sou mais que o mundo
Sou brilho,
Mas brilho desfocado
Sou incompreensão
Que ninguém vê
Realmente
E te encaro no meio
de minha confusão
de minha profusão
Eu brilho, sim
Mas no fim minha luz
se apaga
se apaga
aos poucos
e viro sombra novamente.
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