sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Porque prefiro jornais escritos ou onlines que os da TV


Segundo esse teste de coordenadas políticas, eu sou 27.8% de esquerda e 66.7% liberal, praticamente a mesma posição de Barack Obama.
Vocês já vão entender onde eu quero chegar.
 A primeira coisa que faço quando acordo é sentar na frente da minha caixa de entrada com uma xícara de café e abrir todas as newsletters  e uma coisa do Nexo, que vem pra minha caixa quentinha todas as manhãs. Faz um pequeno resumo do dia, fala sobre as principais questões nacionais e internacionais, cultura e o " desacelere-se ". E eu costumo comentar tudo com minha mãe, que é mais de direita e conservadora. Além dessa diferença, ela só assiste jornais na TV, principalmente os da BAND - aquele lá do Datena, que eu odeio profundamente -. E eu apenas jornais online, O Globo, Carta Capital, Nexo (meu preferido), A Folha de São Paulo e uma olhadinha ou outra em jornais internacionais, o tanto que meu inglês básico permite. A primeira coisa que me deixou com um pé atrás foi quando abri a newsletter do Nexo e vi uma matéria do estadão sobre a abertura de um inquérito contra o governador do meu estado, Beto Richa. A questão é que, enquanto lia as outras coisas em voz alta para minha mãe, ela ficava " já vi isso ontem na TV, já vi, já vi". Mas quando chegou no inquérito, nem um pio na band e na globo sobre isso. Nada. Eles simplesmente não comentaram que um dos governadores do PSDB no país está sendo acusado numa operação gigantesca que ocorre no estado há um bom tempo. Mas okay, tudo bem, enquanto isso ainda estamos quietos. Podem ter esquecido de falar assim como esqueceram de comentar sobre as passeatas contra Cunha. É muita coisa pra um só jornal.
 Outra coisa que me faz preferir mil vezes jornais onlines é que eles falam muito mais sobre o que está acontecendo no mundo internacional. Exemplificando com essas matérias maravilhosas na Folha de São Paulo sobre as eleições nos EUA e um vídeo que faz com que qualquer um entenda como funciona as eleições lá, muito diferentes daqui. Além disso tudo, como todos sabem, adoro Snowden, de qual pouco ou nada se fala, então, imagina do criador do WikiLeaks, o Sr. Assange, do qual teve outra matéria ótima no Nexo sobre como quando se trata de pessoas que expõe escândalos como eles, parece que todos se preocupam mais em puni-los por espionagem do que realmente fazer algo pelo o que está sendo exposto. Com a mediação da ONU, talvez Assange seja solto agora. Será que falaria algo sobre nos jornais da band e da globo, que parecem se preocupar ultimamente com três coisas: aqueles assaltos na rua e em como matar os bandidos que o fizeram, a crise e o impeachment? Provavelmente não. Falando nisso, você sabe que jornais policiais como os do Datena são proibidos no Uruguai, e que isso ajudou e muito a reduzir a taxa de homicídios? Tá vendo, se você não lê jornais, apenas os assiste, provavelmente não vai saber de quase nada do que falei nesse parágrafo.
 E é aí onde eu queria chegar. Não estou fazendo uma conspiração, não estou acusando ninguém, estou falando sobre o que eu percebi de forma pessoal e nessa comparação com minha mãe. Jornais manipulam muita informação. E quando digo manipular, não digo mentir, mas omitir algo importante e dar mais importância a outra coisa que não deveria. Entende? Isso não quer dizer que até mesmo os que eu leio não façam a mesma coisa, mas já há uma pequena mudança para melhor neles. Era apenas o que eu queria falar.
***
Sobre a crise imigratória na Europa, esses dias eu li isso sobre um médico que está trabalhando nas fronteiras e tendo aquele primeiro contato com as pessoas que chegam. E ele dividiu isso com todo mundo nas redes sociais. Foi tipo um grito humanitário no meio de todas as pessoas que não são a favor de deixar os imigrantes entrarem por poderem vir junto com terroristas do EI e etc.

***
Vocês já ouviram falar de uma coisa que está aí se popularizando chamada newsletters pessoais? Se não, leia esse post da Anna Vitória sobre, saia assinando todas e se vicie como eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário